quinta-feira, junho 14, 2012

Projeto Barro Preto, “Conservação Produtiva da Região Cacaueira da Bahia” será apresentado, como modelo, na Conferência Mundial das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável (Rio+20), no próximo dia 19.

O projeto consiste em permitir o cultivo do Cacau Cabruca na Área de Proteção Ambiental sem agredi-la, ou seja, não será feito o desmatamento, apenas a retirada de algumas árvores que impedem luminosidade necessária para o desenvolvimento do cacau, mesmo porque a cacauicultura depende da preservação da mata nativa para o seu sombreamento que também é vital no plantio.
Um projeto piloto aplicado na zona rural de Barro Preto, no sul da Bahia, desenvolvido pela CEPLAC – PREFEITURA DE BARRO PRETO-BA e CENTRO MARS DE CIÊNCIA DO CACAU. Tem apresentado uma nova forma de produzir cacau através das variáveis econômica, social e ambiental e será apresentado, como modelo, na Conferência Mundial das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável (Rio+20), no próximo dia 19. 
 
O projeto nada mais é que: o resultado da atividade técnica de conservação dos remanescentes florestais, conforme legislação ambiental, propondo ao mesmo tempo a inclusão social e a sensibilização dos produtores rurais e foi apresentado, em um dia de campo, no último dia 11, para a imprensa regional. 
Para o superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart, esse é um momento importante para a região. “Isso abre caminho para que num futuro próximo, sejam adotadas políticas públicas de estado para o cultivo, com crédito e incentivos” diz.
Inicialmente o modelo foi aplicado em 12 propriedades, onde foram separados entre dois e cinco hectares para o experimento, no intuito de promover a revitalização do cultivo do cacaueiro através do sistema ecológico agroflorestal Cabruca, que consiste no cultivo do cacau sob a sombra da vegetação, remanescente da Mata Atlântica. 

A conservação produtiva visa também orienta e educar produtores rurais a cultivarem por meio do uso racional da terra, promovendo fortalecimento do solo e preservação da biodiversidade. E conta com o apoio do Centro Mars de Ciência do Cacau, Prefeitura Municipal de Barro Preto e Sindicato dos Produtores Rurais da cidade.
O projeto faz uso de tecnologias sustentáveis, possibilitando a utilização do sistema de rastreamento global (GPS) das árvores, método conhecido como georreferenciamento. Tendo como uma de suas ações: a identificação, o resgate, proteção e plantio de espécies arbóreas que servem de sombreamento para o cacau. 
“Pretende-se, com isso, incentivar o plantio de espécies ameaçadas de extinção, como o Pau Brasil e o Jequitibá. Com o auxilio do equipamento catalogamos as espécies, altura, diâmetro e a localização de cada árvore dentro do terreno”, explicou o Chefe de Núcleo de Extensão da Ceplac, Ednaldo Ribeiro Bispo.
Os resultados alcançados nas áreas testadas mostram que a produtividade saltou de oito arrobas por hectare, para 30 arrobas já no primeiro ano. Desta forma, além de preservação ambiental, houve um aumento na rentabilidade dos produtores e a melhoria na qualidade de vida.

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