Segundo pesquisa realizada Pela confederação Nacional dos
municípios(CNM), a Bahia apresenta 370 municípios (88,7%)
inadimplentes. Eles estão impedidos de celebrar qualquer tipo de
convênio com a União, porque apresentam alguma irregularidade junto ao
Cadastro Único de Convênios (CAUC) considerado o SERASA do serviço
público. Se a prefeitura tiver seu nome negativado nesse serviço, ela
não consegue captar qualquer tipo de recurso federal. Impede também que o
município utilize o Regime Diferenciado de Contração (RDC), programa
que o governo federal institui para agilizar as licitações de obra
dentro do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).
A maior
dívida é da prefeitura de Barreiras: só com INSS, são R$ 158 milhões.
“Estamos há cinco anos sem a certidão negativa de débito. Não se
depositava nada e o débito só foi acumulando”, disse o secretário de
Finanças, Pedro de Oliveira. A presidenta da UPB, prefeita de
Cardeal da Silva, Maria Quitéria cita que as taxas de juros sobre os
valores do parcelamento do INSS são tão altas que os municípios não
conseguem amortizar a dívida. Ela relata que, segundo pesquisa o INSS é
um dos grandes problemas na gestão pública municipal. “Nossa pesquisa
demonstrou que o INSS é um dos grandes problemas na gestão pública
municipal.
A taxa de juros que incide sobre a dívida é a SELIC, a mais
alta do mercado. Queremos que o governo a substitua por uma taxa menor”,
acrescenta a presidenta da UPB. O desconto das parcelas da dívida é
feito direto do FPM. Uma das reivindicações dos prefeitos é que o
governo federal reduza o limite a ser descontado a no máximo 1% da
arrecadação. De acordo com Quitéria, alguns municípios chegam a sofrer
desconto de 15% de sua arrecadação para pagamento da dívida. Os
prefeitos defendem também que o governo reduza a alíquota do INSS que
incide sobre o pagamento feito pelas prefeituras, que é de 22%. “Não
podemos ser tratados como empresas”, opina a presidente da UPB. “Somos
poder público, prestamos serviços sociais. Equipes de futebol, por
exemplo, recolhem somente 5%”.

Nenhum comentário:
Postar um comentário