A Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta quarta (9)
ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter o ex Ministro Geddel Vieira Lima
(MDB) preso. A PGR também sugeriu que ele seja condenado a 80 anos de reclusão.
Raquel Dodge apresentou os pedidos ao entregar as alegações finais no
processo relacionado aos R$ 51 milhões encontrados em malas de dinheiro em um
apartamento em Salvador em 2017.
Agora a defesa dos réus no processo também deve apresentar as alegações finais.
Depois disso, a ação estará pronta para julgamento pela segunda turma do STF,
provavelmente ainda nesse semestre.
Após a PGR entregar as alegações finais, o advogado de Geddel, Gamil Foppel, divulgou uma nota na qual disse
lamentar que o Ministério Público tenha “ignorado” todas as provas produzidas
na instrução processual e ofereça alegações finais “lastreadas em vazias
afirmações não comprovadas” em elementos de prova “marcados por flagrante
ilicitude”.
Serão oferecidas tempestivamente alegações finais pela defesa, que
aguarda seja proferido acordo absolutório, haja vista a inexistência de
elementos mínimos de prova que permitam uma condenação. A defesa confia na
imparcialidade do Judiciário, cuja análise será feita unicamente pelo que
consta do processo o que, certamente, levará a absolvição”, acrescentou Foppel
na nota.
Segundo a Procuradoria Geral da República(PGR), os 51 milhões tem como
possíveis origens: propinas da Construtora Odebrecht; repasses do operador
financeiro Lucio Funaro; e desvios de políticos do MDB.
Além de Geddel são réus no caso o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB),
irmão do ex Ministro, e Marluce Vieira Lima, mãe dos dois. Eles foram acusados
pelo Ministério publico Federal de terem cometidos os crimes de lavagem de
dinheiro e associação criminosa.
Ministro da Secretaria de Governo de maio a novembro de 2016, no Governo
Michel Temer, Geddel está preso desde 2017 no presídio da Papuda em Brasília.
Segundo Raquel Dodge, há risco de fuga e cometimento de novos crimes,
pois Geddel “já deu mostras suficientes do que, em liberdade, é capaz de fazer
para colocar em risco a ordem pública e vulnerar a aplicação da lei penal”
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