
Os produtores de cacau do Sul da Bahia irão fazer uma queima do
produto durante o protesto marcado para o próximo dia 5, no Porto do
Malhado em Ilhéus, com o objetivo de conter a importação de amêndoas da
África e da Ásia. Cada produtor está sendo mobilizado para levar um
quilo de cacau.
As importações e a consequente queda nos preços do cacau no Brasil
afetam diretamente os produtores. Guilherme Galvão de Oliveira Pinto,
presidente da Associação dos Produtores de Cacau e Presidente do Sindicato rural de Barro Preto destaca que “no início
de 2009, o salário mínimo era de R$ 415,00 e vendíamos o nosso cacau por
R$ 100,00, portanto 4,15 arrobas pagavam um salário mínimo”. Hoje,
passados quatro anos, com o cacau a R$ 60,00, são necessárias mais de
12 arrobas para pagar o mesmo salário mínimo”.
Para complicar a situação, mais 70% do cacau mundial é produzido na
África onde os produtores/trabalhadores vivem com média de 80 dólares
por mês.
Guilherme Galvão lembra que “já tivemos mais de 100.000 hectares de
cabrucas transformadas em pastos” e defende a fixação de um preço mínimo
para o cacau.
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